Há vinte e tal anos atrás, fui convencido a ir para o Porto, por uns colegas e amigos de trabalho do Algarve, com quem vivi e convivi durante alguns anos.
O objectivo era ir para lá ficar a trabalhar, no Brasília Clube, “bataclan” muito famoso na altura e com grandes espectáculos de cabaret. Fui morar para a rua do Lidador, rua onde morava a maior parte do staff da discoteca Summertime, em Vila Magna – Montechoro. Eram quase todos do Porto, à excepção do Simão, o DJ, que era de Mogadouro e da barmaid escocesa Michelle Peters, que ia à pastelaria pedir “pastro panapas”, a sua tradução livre para pastéis de nata.

Na adaptação à cidade, comecei a ser encaminhado para os templos gastronómicos da altura… Capa Negra, Cufra e por aí fora.
E desenvolvi o gosto, tal como tanta e tanta gente pelas francesinhas. Aqui fica o molho que criei para as minhas… porque a receita ninguém ma deu. Apenas algumas dicas.

A francesinha, foi criada por um emigrante português em França regressado à sua terra natal, o Porto, decidindo adaptar o Croque Monsieur à gastronomia local. Reza a história que esta especialidade surgiu na década de 60, pelas mãos do português Daniel Silva.

Agora, por ocasião de ter sido considerada pelo AOL Travel uma das 10 melhores sandwiches do mundo, revelo aos meus seguidores o molho que criei no princípio de 1988, quando voltei do Porto. Foram as saudades…

Ingredientes para o molho

• 1/2 pacote de sopa de cebola
• 1/2 pacote de creme de marisco
• 250 ml de cerveja
• 250 ml de vinho branco
• 125 ml de polpa de tomate
• 125 ml de água
• 1 colher de sopa de boa mostarda
• 1 malagueta (ou mais, a gosto)
• 2 dentes de alho bem moidos

Juntar os ingredientes e deixar ferver e reduzir.
Quando estiver bem cozido e começar a engrossar, passar a varinha mágica.

Para cobrir o pão depois de dispor o recheio desejado, lembrando que os ingredientes clássicos são a linguiça, a salsicha fresca, um prego ou bife e fiambre, use um queijo que derreta bem e em quantidade generosa.

Pode inovar ou variar recheios, tais como trocar a carne de vaca por carne branca introduzir ou não, cogumelos e outros ingredientes.

Divirtam-se e deliciem-se.

Take my love,

Joe Best

Foi premeditado. Tinha combinado com o meu parceiro tecnológico, que a próxima reunião, tinha que ser num final de semana, para fazermos um hamburger, mas fazíamos o pão e escolhíamos a carne, para um hamburger “The real McCoy”.

Fomos ao talho, a um da confiança habitual. Precisávamos de uma carne com cerca de 20% de gordura, uma peça com a gordura perfeitamente espalhada na carne. Encontrámos um fresquíssimo cachaço de novilho, que nos pareceu a peça ideal. Pedi para fazerem duas passagens da carne pela picadora, para a gordura ficar bem misturada e não tornar os nossos hambúrgueres muito secos.

Mas vamos às receitas. Começando pelo pão.

Ingredientes:

240 ml. de água
½ colher de fermento biológico seco
2 colheres de sopa de açúcar
430 gr farinha de trigo
2 colheres de chá de sal fino
2 colheres de sopa de óleo

Leite para pincelar, sementes de sésamo para enfeitar.

Modo de preparação:

(se não tiver máquina, amasse todos os ingredientes à mão)
Colocar os ingredientes pela ordem indicada no recipiente da máquina de fazer pão.
Seleccionar o programa de bater a massa e levedar.
Retirar a massa para uma superfície enfarinhada e dividir em 8 porções.
Enrolar em bolas, deixando a superfície o mais lisa possível.
Polvilhar com farinha, cobrir com um pano e deixar levedar mais meia hora.
Colocar as bolas num tabuleiro polvilhado com farinha ou tapete anti aderente.
Pincelar as bolas com leite e salpicar com as sementes de sésamo.
Levar ao forno até ficarem dourados, mais ou menos 18 minutos, dependendo das características do forno.
Retirar do forno e deixar arrefecer.

Para os hamburgeres :

1 kg de carne (de vaca, novilho ou vitela. Neste caso escolhi uma peça do cachaço, de novilho, bem raiada de gordura)
8 fatias de queijo Colby (também conhecido como swiss Cheddar)
4 fatias de bacon
Molhos a gosto: maionese, ketchup, mostarda…

Fiz 4 hamburgers com aproximadamente 250 gr. cada um, primeiro formei uma bola e só depois os espalmei e foram grelhados 4 minutos de cada lado em carvão de pedra lávica só com sal. Quando foram virados, coloquei em cima de cada um 2 fatias de queijo, para derreterem.

Podem ser temperados também com uma mistura de alho em pó (não o granulado, que queima demasiado depressa), louro em pó e pimenta.

Grelhei 4 fatias de bacon, que mandei cortar mais grossas que o normal.

As batatas, uma estreia para mim, a fritura, não o corte, steak house, ligeiramente mais pequeno que o corte Ponte Nova, foram fritas numa Actifry e o resultado não me desiludiu.

Espero que se gostem como nós gostámos, porque às vezes transformar uma refeição de fast food em fast good, pode fazer toda a diferença, mesmo que dê trabalho…

Bom apetite.

Take my love,

JoeBest