PalácioInk, comida&tatuagens – 2ª Edição
Começam a ganhar raízes, os eventos que tenho realizado ao longo de 3 anos do projecto daCozinha nas redes sociais e mais forma ainda, desde que o oficializámos através deste site. As repetições de alguns, como o caso da Francesinha by Joe Best, o TwittFavas ou a Taberna Portuguesa Revisitada, são alguns exemplos.
O evento de Sábado, que juntou o tatuador Guilherme Araújo, Guitattoo para os amigos, a tatuar all day quase non stop e eu a cozinhar em show cooking como se não houvesse amanhã, atingiu o ponto de loucura, animação e mais uma vez uma rede social ao vivo, juntando igualmente gente que não se conhecia de todo, ou que se conhecia apenas no mundo virtual. O tema era colorir corpos e comida e a missão foi comprida e cumprida!
(Em estreia! As pimentinhas da Mme.Best e o rolling pin e a faca daCozinha)
Surpreendente a adesão ao evento e se alguém pensava que haveria alguma relutância e preconceito em relação ao binómio comida/tatuagens, esfumou-se antes de nascer…tendo a montanha parido um rato.
Perante o rompimento da barreira oito@mesa, dez@mesa e doze@mesa, o evento passou a banquete volante e show cooking.
Vieram amigos e amigos de amigos, veio um fã daCozinha emigrante na África do Sul, um amigo holandês e veio também a food blogger Ishay Govender Ypma, em digressão europeia, com uma honrosa e orgulhosa paragem em Portugal para nos conhecermos em carne e osso.
Esperavámos também a visita do chef Alexandre Silva do restaurante Bocca, mas uma corvina de parede a parede e o evento Peixe em Lisboa, não lhe deram tréguas.
Começámos com sangria branca e um Vale de Grous tinto, uma chapata gigante, feita pela Mme. Best, queijo e manteiga caseira e manteiga caseira com marmelada dos Açores, a que se seguiu uma corrida desenfreada ao sushi que preparei como entrada, na forma de makis e nigiris. Houve uma estreia no sushi de Sábado, a introdução de falsos caviares tais como garum de salmonete, spirulina e tinta de lula.
Seguiram-se alguns woks orientais e de inspiração mediterrânica e o piano de cores foi o mote, pintando algumas das criações a tinta de lula, mais uma vez…
E para finalizar os pratos principais, temperei uma tábua enorme com pimenta e alecrim, flor de sal e raspa de laranja, cortei uma barriga de porco super estaladiça aos bocados e numa sertã estalei 3 pimentas em banha de ganso: preta, branca e da terra. Refresquei com vinho do Porto rosé e parti lá para dentro uma tablete de chocolate preto e deixei derreter, criando assim um molho diferente. Foi o degredo. Apetite aguçado e eis os convivas à volta da ilha da cozinha!
(foto de Yshay Govender Ypma)
Para acabar, criei ao momento a base da sobremesa, adicionando ao restante molho de chocolate e pimentas do porco assado, uma embalagem de sour cream e açúcar mascavado. Já tinha preparado à tarde uma mousse de amendoim, com a pasta que trouxe da loja do Chen, da Almirante Reis.
Chamei-lhe The Fat Lady Sings, porque foi o nome que me ocorreu quando olhei para o estranho desenho que fiz nas ardósias…
E foi isto. Inesquecível. Provavelmente vamos repetir em Setembro, aquando da convenção de tattoos em Lisboa.
Take my love,
Joe Best
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