Sopa da Alma daCozinha
Comemorámos as Sopas do Espírito Santo no Espaço Açores em Maio passado. Foi um dia intenso e brutal, com a loja sempre cheia de gente a comprar e a degustar. Como já referi algumas vezes, o Espaço Açores é uma loja com carisma, uma loja que demonstra sempre uma enorme vitalidade, só com produtos de primeira linha, oriundos das ilhas.
Desta vez, a partir da ideia das sopas do Espírito Santo fiz algumas alterações e experimentei aqui no lab daCozinha uma com grão e arroz (arroz que só se pode juntar e al dente, no momento de servir, senão fica sem graça) e experimentei também uma versão com massa e hortelã pimenta, que fizemos no último sábado de Outubro na loja, com uma adesão fantástica. Acabámos em ambiente de festa, rodeados de amigos!
Esta foi a 1ª versão, provada por mim e pelos beta testers do costume
Acompanhámos a sopa com um maravilhoso vinho abafado Mulher de Capote, ligeiramente arrefecido. Que também se vende no Espaço Açores. A receita que se segue é a versão que fizemos na loja. Para a versão acima descrita é só trocar a massa por arroz e usar grão de bico cozido…
Ingredientes
- acém comprido, chambão e cachaço
- linguiça magra (chouriço nos Açores) com um bom travo a pimenta
- água
- caldo de carne caseiro reduzido ( podem usar de compra – nos Açores quase toda a gente usa)
- repolho
- massa pequena
- hortelã e hortelã pimenta
- pimenta da terra
- vinho abafado Mulher de Capote
- manteiga Flor do Pico
- 2 chalotas picadas
Preparação
Ferver água. Se houver cafeteira elétrica, uma deve chegar para cobrir os alimentos a cozer.
Picar as chalotas e deixar caramelizar um pouco na manteiga.
Selar a carne (ou as carnes em caso de optarem por mais que um pedaço diferente) virando-a sempre que necessário.
Refrescar com um copo de vinho abafado Mulher de Capote, juntar o caldo de carne e deixar evaporar o álcool.
Introduzir a carne selada e os sucos numa panela e cobrir com a água a ferver.
Introduzir a linguiça, a pimenta da terra e algumas folhas de hortelã, reservando algumas para a finalização do prato.
Quando a carne e a linguiça estiverem cozidas retirar e cortar em pedaços pequenos.
Introduzir o repolho cortado, deixar ferver até cozer, juntar as carnes cortadas e quando voltar a ferver, acrescentar a massa, mexer bem e apagar o lume. A massa pequena coze no calor residual.
Servir com alma, numa terrina bonita, ou numa tigela simples, daquelas que guardamos há anos porque era da avó. E bom apetite, porque aqui a etiqueta ainda é o que era.
Take my love,
Joe Best
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